SOMOS QUEM PODEMOS
SER
Um dia me
disseram que as nuvens não eram de algodão
Um dia me
disseram que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou
tão claro, um intervalo na escuridão
Uma estrela
de brilho raro, um disparo pára o coração.
A vida imita
o vídeo, garotos inventam um novo inglês
Vivendo num
país sedento, um momento de embriaguez
Somos quem
podemos ser
Sonhos que
podemos ter
Um dia me
disseram quem eram os donos da situação
Sem querer
eles me deram as chaves que abrem essa prisão
E tudo ficou
tão claro
O que era
caro ficou comum
Como um dia
depois do outro
Como um dia
um dia comum
A vida imita
o vídeo, garotos inventam um novo inglês
Vivendo
numpaís sedento, um momento de embriaguez
Somos quem
podemos ser
Sonhos que
podemos ter
Um dia me
disseram que as nuvens não eram de algodão
Sem querer
eles me deram as chaves que abrem essa prisão
Quem ocupa o
trono tem culpa
Quem ocupa o
crime também
Quem duvida
da vida também tem
Somos quem
podemos ser
Sonhos que
podemos ter.
(Humberto
Gessinger.No disco Ouça o que eu digo,não ouça ninguém, BMG Ariola,1988)
1) A pessoa que fala no texto,
ou seja, o eu lírico, afirma na primeira estrofe ter descoberto que “ as nuvens
não eram de algodão”. E, na última estrofe, diz que, sem querer, lhe “ deram as
chave que abrem essa prisão”.
a) Que sentido conotativo tem a primeira expressão?
b) Que mudança essa descoberta provoca na vida do eu lírico?
c) A que tipo de prisão o eu lírico se refere na segunda expressão?
2)A
estrofe-padrão faz uma série de críticas simultâneas.
a)
A quem critica?
b) Nos dois últimos versos dessa
estrofe, em vez de 1ª pessoa do singular, é empregada a 1ª pessoa do plural. A
quem se refere o pronome nós, subentendido?
3)
Na última estrofe, são apontados todos aqueles que têm culpa. De acordo com o
texto, quem não teria culpa? Indique uma hipótese coerente com o contexto.
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